Conheça sobre a doença que afeta o ator Bruce Wilis, ele se aposentou da carreira de ator, em março de 2022, devido a um distúrbio chamado afasia, que progrediu desde então.

Porém, nesta quinta-feira, dia 16, sua família anunciou que ele foi diagnosticado com demência frontotemporal.

“Desde que foi anunciado o diagnóstico de afasia de Bruce na primavera de 2022, sua condição progrediu”, disse a família Willis em um comunicado. “Infelizmente, os desafios de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce está enfrentando. Apesar de doloroso, é um alívio finalmente ter um diagnóstico claro”, acrescentou o comunicado.

A demência frontotemporal (DFT) faz parte de um grupo de distúrbios da consequência do acúmulo de uma proteína conhecida como “tau” e outras proteínas que destroem os neurônios nos lobos frontais do cérebro, localizado atrás da testa ou nos lobos temporais que ficam atrás das orelhas.

Geralmente esta condição aparece entre os 45 e 64 anos, de conforme a Alzheimer’s Research UK.

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“Tipo mais comum de demência que ocorre em pessoas com menos de 60 anos. DFT causa problemas de comunicação, bem como mudanças no comportamento, personalidade ou movimento”, conforme declaração da Associação de Degeneração Frontotemporal.

Os tipos de DFT

No caso do Bruce Wilis os sintomas começaram com uma fala arrastada, então é classificado como um tipo de DFT chamada afasia progressiva primária, disse o Dr. Henry Paulson, mestre de neurologia e diretor do Michigan Alzheimer’s Disease Center, Universidade de Michigan.

“A afasia realmente apresenta problemas com a linguagem. E isso ocorre devido a um tumor no cérebro que dificulta a fala. Essa é uma condição neurodegenerativa progressiva”, falou Paulson.

“Com o diagnóstico de demência frontotemporal, o Sr. Willis claramente possui uma doença neurodegenerativa progressiva, e não um tumor, um derrame ou alguma outra lesão no cérebro”, acrescentou o professor.

Há dois outros tipos de DFT, a variante comportamental da demência frontotemporal se caracteriza por alterações nas funções de pensamento, planejamento e execução.

O outro tipo de demência frontotemporal atinge os neurônios motores, manifestando-se como incapacidade de engolir, músculos rígidos e dificuldade para usar as mãos ou os braços ao “fazer um movimento normal, e ter dificuldade para fechar botões ou operar pequenos aparelhos”, conforme o estudo do Instituto Nacional do Envelhecimento.

Sintomas da demência frontotemporal

A demência frontotemporal (FTD) é um tipo de demência que afeta os lobos frontal e temporal do cérebro, responsáveis pela personalidade, comportamento e linguagem.

FTD pode causar muitos sintomas diferentes que geralmente diferem de pessoa para pessoa. É importante estar ciente desses sintomas para que você possa detectar a doença precocemente e obter o tratamento adequado.

Os sintomas comuns da DFT incluem dificuldade de planejamento e resolução de problemas, alterações comportamentais, como impulsividade ou apatia, alterações nas habilidades de linguagem, como dificuldade em encontrar palavras ou falar, retraimento social ou desinibição, declínio gradual na capacidade de memória ou problemas de função motora, como falta de jeito ou tropeço.

As pessoas também podem experimentar padrões de sono irregulares, como insônia ou dormir excessivamente durante o dia. Outros sinais podem ser problemas para manter hábitos de higiene pessoal, como escovar os dentes ou tomar banho regularmente.

Como diagnosticar a doença

A importância que você conheça sobre a demência frontotemporal que afeta o ator Bruce é porque o diagnóstico pode ser difícil e conhecer melhor à doença pode ser mais fácil de detectá-la.

O diagnóstico geralmente começa com um exame físico e histórico médico detalhado para avaliar quaisquer sintomas que possam indicar FTD. 

O médico pode solicitar exames de sangue, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para descartar outras condições.

Se esses testes não produzirem resultados que expliquem os sintomas, os médicos podem encaminhar os pacientes para testes genéticos ou uma punção lombar para examinar o líquido cefalorraquidiano em busca de sinais de marcadores de proteínas associados à DFT.

Como a demência frontotemporal pode ser tratada?

A demência Frontotemporal (FTD) é uma forma rara de demência que pode ser difícil de diagnosticar e tratar.

FTD é causada pela deterioração de certas áreas do cérebro, incluindo as regiões temporais, levando a mudanças no comportamento, personalidade e linguagem.

Não existe terapia para retardar a doença, como o Alzheimer, os remédios e estratégias adotadas são para melhorar a qualidade de vida do paciente.

A medicação pode ser usada para tratar alguns dos sintomas comportamentais associados à FTD, como depressão, ansiedade ou agitação.

Esses medicamentos funcionam ajudando a regular certas substâncias químicas no cérebro, o que pode ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas.

Outros medicamentos também podem ser prescritos para melhorar a função cognitiva ou retardar a progressão da doença.

Além disso, terapias de suporte, como terapia ocupacional ou fonoaudiologia, podem ser benéficas para pessoas com DFT, a fim de ajudá-las a manter as habilidades funcionais diárias.