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A arara-azul, como o nome fala, possui penas azuladas da cor azul-cobalto, em contraste com o preto das asas e cauda.
E para completar a beleza da arrara azul, ao redor dos olhos, nas pálpebras e na pele em torno da mandíbula, observa-se a coloração amarelada.
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O bico dela é grande, forte, curvo e preto. A língua é bem carnuda, preta e com linhas amarelas nas laterais.
Além de serem aves sociais vivendo em pares ou em bandos, sendo raro observá-las sozinhas.
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Os bandos são compostos, em média, de 10 a 30 indivíduos.
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Os grupos são avistados, principalmente, em locais de alimentação e ondem dormem, nos chamados dormitórios.
Elas são consideradas aves sedentárias, por realizarem apenas voos de pequenas distâncias, visando alimentação ou reprodução.
O habitat da arara-azul
A arara-azul é encontrada em várias partes do Brasil e ainda na Bolívia e no Paraguai.
No nosso país, a encontramos no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará, Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins e Goiás.
Essa espécie habita em áreas florestais e até em ambientes com formações savânicas.
A alimentação da arara-azul
A dieta da arara-azul é baseada em sementes de palmeiras, sendo uma alimentação, bastante específica.
Elas só conseguem se alimentar desta semente, devido ao bico forte, que permite quebrar as sementes com facilidade.
As palmeiras que servem de alimento para a arara-azul, podemos citar: babaçu, buriti e licuri.
A arara-azul se alimenta das sementes caídas no solo.
A reprodução da arara-azul
As aves iniciam sua fase de reprodução em torno de 7 a 9 anos.
Elas formam casais, neste período, e passam a realizar tarefas em conjunto, como cuidar do ninho e dos filhotes.
Elas são fiéis, são monogâmicas e vivem juntas mesmo após o final da época reprodutiva.
A fêmea põe entre 1 a 3 ovos, em ninhos construídos em árvores, fendas ou aberturas de paredões rochosos.
O macho é o responsável por trazer alimentos, enquanto a fêmea fica chocando os ovos no ninho.
A incubação dos ovos dura em torno de um mês.
Os filhotes permanecem no ninho por cerca de três meses e meio, pois eles são muito pequenos e precisam de proteção.
Por serem frágeis os filhotes desta ave por muitas vezes não conseguem vingar.
Eles saem do ninho com três meses, mas eles dependem dos pais para conseguir alimento.
O filhote de arara-azul sai para encontrar um bando, com 12 ou 18 meses.
Curiosidades da arara-azul
- A arara-azul pode chegar até um metro de comprimento, isso da ponta do bico à ponta da cauda.
- É a maior ave da espécie no mundo da família Psittacidae.
- Os filhotes de arara-azul, em média, nascem com 82,7 mm e 31,6 g.
- A alimentação sempre é feita em bando, havendo, nesse grupo, um indivíduo que fica atento a qualquer sinal de perigo, e ao avistar algo ele emite um grito de alerta.
- As fêmeas põem de 1 a 3 ovos, entretanto, esses são colocados em dias diferentes.
- Elas usam o mesmo ninho por mais de uma vez para a reprodução. Apenas fazem a reforma.
A arara-azul e a extinção
Atualmente, a ave está classificada, pela União internacional para a conservação da natureza, como frágil ou Vulnerável.
Devido ao fato, que essa espécie teve uma grande redução de sua população devido a fatores como a caça e a captura desses animais para o comércio ilegal.
A venda ilegal da arara-azul diminuiu bastante em nosso país quando comparado ao da década de 1980, entretanto ainda ocorre.
Além de não esquecer que a perda das florestas, para o desenvolvimento da agropecuária e aumento das cidades contribuem para a diminuição da espécie.
O projeto da Arara Azul
No Brasil, temos o Projeto Arara Azul, criado em 1990.
Ele tem como principais objetivos:
- Manter as populações de araras-azuis, vida livre, em médio e longo prazo, e promover a conservação da biodiversidade e do Pantanal.
- Esse projeto tem vários estudos a respeito dessa espécie e de outras aves que vivem no mesmo ambiente que a arara-azul, no Pantanal.
- Com as atividades desenvolvidas pelo instituto do projeto e os importantes resultados apresentados, a população de araras-azuis aumentara e expandiu além da região do Pantanal.
- A bióloga, Neiva Guedes foi quem começou o projeto, capacita equipes e participa de outros estudos em regiões fora do Pantanal e do Brasil.
- Como fruto de muito trabalho ao longo dos anos, a espécie melhorou a situação.
- Em dezembro de 2014, saiu da lista do Livro Vermelho da Fauna Brasileira com risco de Extinção e passou para espécie que depende de cuidados.
Agora o Pantanal e muitas partes do nosso país são enfeitadas por essas lindas aves.